Semana movimentada nos bastidores das prefeituras municipais da Grande Florianópolis e da Caixa Econômica Federal em SC.
Depois da denúncia feita na segunda-feira (Veja post anterior), surgiram alguns desdobramentos.
Na terça-feira, a Secretaria de Segurança e Defesa do Cidadão da capital bloqueou o pagamento do Fundo de Garantia para os endereços citados pela reportagem. Além disso, a Defesa Civil foi a campo para um levantamento preciso de mais locais a terem o cadastramento cancelado.
A prefeitura comunicou o fato à Polícia Federal e os casos de pessoas que deram entrada sem terem direito, devem acabar em inquérito policial.
No mesmo dia, em nota divulgada com o aval de Brasília, a superintendência da Caixa Econômica disse que diante das irregularidades, vai fazer uma auditoria em todo o processo e solicitou parecer do município para bloquear pagamentos indevidos.
Hoje, quarta-feira, fui à São José e descobri que o sistema de cadastro estava com problemas. O Município, vizinho da capital, suspeitou de falhas e fez um novo levantamento. O resultado foi uma diminuição ESCANDALOSA no número de vítimas. Caiu de 33 mil pessoas para 7 mil pessoas.
Um secretário do município chegou a comentar comigo o seguinte: "Isso é algo que favorece muita gente. Imagine esse dinheiro todo - cerca de 23 milhões de reais - circulando no comércio".
O outro lado: Subi o Morro da Queimada, em Florianópolis. Andei debaixo de um sol escaldante atrás de pessoas que tiveram as casas atingidas pelas chuvas e que não tem direito ao FGTS.
Encontrei Lourival Pereira. Um morador cuja casa está ameaçada de desabamento. Ele não tem acesso ao Fundo porque simplismente a prefeitura disse que a casa dele não fica numa rua, ou seja, o cidadão não tem endereço.
Agora, caro leitor, as contas de água, energia e outras cobranças, sempre chegam. Curioso não?
Veja o vídeo:
http://mediacenter.clicrbs.com.br/templates/player.aspx?uf=2&contentID=53783&channel=40
Um comentário:
As contas, assim como as drosófilas, parece que surgem por "geração espontânea". Agora, convenhamos: pendurar uma casa num morro e esperar que ela finque raízes é querer demais da sorte, né não?
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