Diante da briga entre os estudantes e a Prefeitura de Florianópolis sobre o aumento da passagem de ônibus, um vídeo para acalmar os ânimos.
Durante a faculdade de jornalismo, Pedro Kuhnen, hoje produtor da RBSTV, revelou um momento cultural na vida dos viajantes do transporte coletivo da capital catarinense. Acho até que a viagem foi dele, mas, todos do latão pegaram carona na história.
No primeiro ano de vida acadêmica ele teve a seguinte idéia: gravar imagens e entrevistas com um celular para produzir reportagens, editadas na casa dele, lá nas bandas da Barra da Lagoa. Momento criativo que deve ter nascido por causa do tempo que se leva pra ir de ônibus até a Barra. São horas dentro do buzão. No fim de semana, são dias. Dois, pelo menos. Um pra ir e outro pra voltar.
Só isso já bastaria para o Pedro entrar no movimento dos estudantes contra o transporte coletivo da capital.
Pois agora. O prozeto (ele é manezinho e troca o j pelo z - melhor do que os gringos que pronunciam jota com x). Perdi o fio da meada.
Pois agora, o prozeto do Pedro foi premiado em Santa Catarina pela iniciativa de usar uma nova mídia para contar histórias. Aluno aplicado, surfista e poeta - sim, ele mesmo admite que fez poesia no vídeo - formou-se e deixou de andar de ônibus. Agora parou de produzir seus vts clandestinos.
Detalhe importantíssimo!!! O gaiteiro que toca no ônibus é praticamente um Raul Seixas revoltado com o bom e velho rock. Aliás, a trilha sonora, já que era um passeio de coletivo, deveria ser aquela do maluco beleza: "Pedro onde você vai eu também vou...."
O Pedro, crítico, ainda deu um puxão de orelha num moleque que passou a viagem inteira com um fone de ouvido. Mesmo diante de um showzaço sobre rodas. Dá para ver, em segundo plano, o jovemMP3 durante a sonora da passageira Adriana Nunes.
Chega de enrolação. Veja o vídeo:
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5 comentários:
Que viagem!! Se essa moda pega a prefeitura aumenta ainda mais a pssagem. heheheheh
Excelente idéia!!!Imaginem quanta coisa bacana podem ser produzidas por aí.
Acho que a gente tem a chance de contar coisas assim todos os dias.
Parabéns pelo post e pela sacada do Pedro.
Só acho que o sanfoneiro não é um desconhecido, mas um 'desconoscido' e a sanfona não é uma sanfona, mas um 'bandoneón'. E ele na verdade é um argentino muito do safado querendo arrancar uns trocados para depois estabelecer-se definitivamente na Ilha, vendendo alfajores.
De resto, o resto - a ideia, a edição, o filme - é ótimo!
Obrigado, pessoal.
Fico feliz que tenham gostado do vídeo. Apenas uma curiosidade: Enquanto gravava, o músico desceu do ônibus rapidamente, sem que desse tempo de gravar entrevista. O que, acredito, não interfeiriu no vídeo, uma vez que ele não se apresentou e não cobrou nada para tocar. Um ano depois de ter feito a reportagem, João Tragtenberg - aluno da UDESC - CEART - encontrou o vídeo que fiz. Era ele o músico que, sem se importar com preconceitos e estereótipos, tentou deixar a viagem de dezenas de pessoas desconhecidas mais agradável. O link para ver o recado que João me deixou é este: http://www.youtube.com/watch?v=L-l2ErOQ6RU - Grande abraço!!!
É isso aí Pedro! Esclareceu que não se trata de um argentino perdido por essas bandas.
Abraço
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