terça-feira, 15 de abril de 2008

Carpe Diem

O imperador romano Caius Julius Caesar, quando criou o calendário (46 a.C), nem imaginava as distorções conceituais que viriam com o passar dos dias.

Depois de muito tempo, a folhinha de parede foi contestada pela Igreja Católica. O Papa Gregório XIII solicitou um estudo e definiu duas mudanças: os anos múltiplos de 100 (1.700, 1.800, etc) não mais seriam bissextos - exceto os anos múltiplos de 400 (1.600, 2.000....); O ano da aprovação do novo calendário teria dez dias a menos, para fazer o acerto da
data de comemoração da Páscoa.

Por causa dessa última alteração o mundo foi dormir em 4 de outubro, mas só acordou onze dias depois, em 15 de outubro de 1582. Teve gente que deixou de pagar as contas. O caloteiro da época tinha uma excelente desculpa: - Nem venha me cobrar. Deixe de churumelas. O dia 5 não existiu! Deve ter sido um dos auges da advocacia.

Séculos se passaram e o calendário gregoriano é uma baliza vital para os ocidentais. Feriados, férias, festas...eleições.

E os dias da semana? Há os que dizem que a segunda-feira é o pior de todos. Assim como para os parlamentares brasileiros, para mim não é. Só que os meus motivos são diferentes. Sempre dá para começar algo. Acho a terça-feira muito mais desagradável. Na minha avaliação fica no meio. Uma espécie de purgatório, ou seja, um nada.
A quarta já tem futebol, o que para algumas mulheres é o fim. Agüentar o maridão ou o namorado vendo jogos de times que ela nunca imaginou existirem é uma judiaria.

A quinta-feira é o alívio - e não só para os parlamentares brasileiros. É o dia de marcar a alegria de sexta, sábado e domingo. A quinta é a mãe do fim de semana. É nesse dia que nasce o ilustre ócio.
Sexta é o dia. É o preparo espiritual para o prazer. Uma espécie de aquecimento. Depois do último dia útil (há controvérsias sobre esta denominação - pense nos parlamentares), vem o que realmente interessa às pessoas.
Cinema, jantar, futebol, praia, passeio, mais futebol, pão com mortadela na padaria, leitura, churrasco com os amigos, um futebolzinho, levar o cachorro para passear sem ter hora pra voltar, dormir até mais tarde, um joguinho de futebol, pipoca, DVD, música, um bate-bola, chocolate, fotografia, resultado do futebol, café da tarde, caminhada, gols da rodada.
Viram? As melhores coisas estão justamente onde tudo, na teoria, termina.

A garota da foto está no clássico Calendário da Pirelli de 2008. A imagem ilustra o mês de agosto.

3 comentários:

Marco Antonio Zanfra disse...

Para nós, que trabalhamos para o governo do Estado, os melhores dias são terças e quintas, quando feriados, porque inapelavelmente serão emendados com as segundas e sextas, respectivamente. "Carpe diem quam minimum credula postero", ou "Colha o dia, confie o mínimo no amanhã", a não ser que o amanhã seja feriado.

Anônimo disse...

Você esqueceu de falar do futebol. Que judiaria...
Concordo sobre os dias. Sexta é fenomenal. Terça é um dia esquisito. Meio "nem pra lá, nem pra cá". Vamos falar com os parlamentares para transformar quarta em dia de folga. Assim, a terça ficaria mais interessante. E a quinte teria cheiro de segunda. E a sexta continuaria "seeeexta". Podemos organizar uma campanha!!!!

Fabiano Marques disse...

Pessoal, algumas pessoas mandam e-mails perguntando como devem fazer para postar comentários no blog.
Simples.
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